
Ao longo do tempo tem se verificado a diminuição da população activa agrícola. As causas são: a modernização da nossa agricultura (assim é necessário menos mão-de-obra) e os outros sectores de actividade serem mais atractivos. Os outros sectores proporcionam empregos diversificados, mais seguros e melhor renumerados. Isto tem como consequência o êxodo agrícola (transferência de mão-de-obra agrícola para outros sectores de actividade).
A população agrícola está envelhecida, com baixo nível de instrução e com formação, na maioria, exclusivamente prática.
Os agricultores com mais de 55 anos representam mais de metade da população agrícola. A maioria dos agricultores tem o 1º/2º ciclo, mas muitos faziam apenas o 1º e 2º ano para aprenderem a ler, escrever e fazer contas. Uma pequena parte dos agricultores é que recebe formação profissional (cerca de 4%).
Como a população é considerada envelhecida significa que o nível de instrução é baixo.É difícil que os agricultores mais velhos adiram às inovações e a novas técnicas, porque na sua maneira de ver as coisa, o método que utilizam é que é o correcto, pois já o utilizam à muito tempo e/ou era o que os seus avós ou pais utilizavam.
Podemos dizer que o envelhecimento, o fraco nível de instrução e a falta de formação profissional constitui um entrave ao desenvolvimento da agricultura. É necessário promover a formação e qualificação profissional e também incentivar os jovens agricultores, porque são os jovens que, normalmente, atingem maiores níveis de produtividade, mais capacidade de adaptação, possuem conhecimentos actualizados e melhores ideias e inovações. Sem os jovens, a agricultura pode vir a ser um sector sem relevância e perspectivas de futuro.